22.12.10

A memória da década: de 2001 a 2010

Postado por Comunicação Social |

Estamos encerrando a primeira década do século XXI, e como não poderia deixar de ser, matérias, artigos, post iniciam a listagem dos fatos e transformações marcantes do período, que é inicial inclusive de um novo milênio.

Eu mesma estava criando uma lista imaginária e já considerando um destaque da década, entre vários acontecimentos importantes e que vão dando conformação a uma nova alvorada, para usar um termo de acordo com o espírito de renovação que sempre nos bate a cada fim de ano – também é fim de ano, não esquecemos – quando deparei com matéria do jornal espanhol El País, publicada no dia 15 último (abaixo).

Não deu outra, eu e o jornal, e imagino que muito mais gente há de concordar, consideramos que o fato mais marcante da primeira década do primeiro século do novo milênio é revolução da comunicação e tudo que decorre daí, suas conseqüências econômica, social, cultural e mesmo política, claro – basta pensar no Wikileaks e na irritação causada nos governos e na mídia.

Sem mais, convido-os a lerem e refletirem sobre esse nosso tempo vivido:


A memória da década: de 2001 a 2010

por Miguel Ángel Bastenier

Todas as sociedades, todas as épocas, todas as décadas se orgulham de ter dado abrigo a alguma crise, termo que pode ser a outra face de uma revolução. Qual é, portanto, a grande crise revolucionária do século 21? Será a chegada de um político negro à Casa Branca? O desencadeamento do terrorismo internacional, cujo estandarte diz ser a Al Qaeda? O começo do declínio do império americano, derrotado ou a caminho disso em duas guerras na Ásia Central? A emergência da China como potência global? A invenção de um socialismo chamado exatamente "do século 21" na Venezuela? A progressiva instalação do fator indígena na política da América Latina? O paulatino naufrágio do Titanic europeu, na debacle do capitalismo financeiro?

Embora todas as comoções anteriores apresentem sérios méritos para merecer tão alta consideração, não competem com uma de maior categoria porque é transversal e afeta a cada uma delas. É a revolução das comunicações, com seu epifenômeno de crise nos meios informativos já clássicos ou convencionais. Dir-se-á que essa revolução começou nos anos 90, mas seus efeitos mais deletérios só chegaram à Europa com toda a sua crueza nesta primeira década do século 21, e o Wikileaks é apenas um subproduto da mesma.

Pela primeira vez na história, e de forma especialmente maciça neste século, o cidadão pode se comunicar instantaneamente por áudio, imagem e texto ao mesmo tempo, com qualquer outro cidadão, de um extremo a outro do globo. Embora haja zonas do planeta menos beneficiadas, o mundo, para efeitos de comunicação, já é um só. E isso significa que os que haviam sido até data recente gestores exclusivos da informação - não só nos jornais impressos, mas hoje também nas fórmulas digitais - têm de enfrentar uma nova concorrência: a informação - a qual certamente seria melhor chamar apenas comunicação - que é livre de circular porta a porta, de consumidor a consumidor, ou fazendo que se confundam em uma só figura o produtor e o consumidor.

E se é verdade que a utilização do meio digital aumenta a ponto de nunca se ter consumido tanta informação como hoje, tudo indica que essa versão pessoa a pessoa cresce tão rapidamente ou mais que a oferecida pelas organizações, também digitais, que se dedicam profissionalmente à distribuição de conteúdos. É esta uma revolução da qual apenas vislumbramos as consequências e que obriga a se perguntar: qual será a natureza da informação, a quê chamaremos de jornalismo e jornalistas em um futuro provavelmente não muito distante?

A campanha do presidente americano Barack Obama não teria sido a mesma sem o concurso de um exército de jovens medianamente revoltados que reuniram partidários, transmitiram slogans, organizaram equipes para que ganhasse o autor do "Yes, we can"; e a contraofensiva ultra do movimento do Tea Party se organizou e difundiu inicialmente também no meio eletromagnético; se nos anos 60 o transistor se transformou no meio natural de comunicação de movimentos revolucionários do Terceiro Mundo, como a FLN na Argélia, nos 2000 a última Intifada palestina utilizava a rede para coordenar a resistência ao ocupante, e é também nesse meio que debatem os defensores de um islamismo moderado e os corifeus de Osama bin Laden, que, caso exista, consegue a ubiquidade perfeita graças à rede; e até a própria China define em parte sua revelação como potência mundial em uma homenagem involuntária à Internet, tentando controlar o funcionamento das mensagens globalizadas em seu espaço elétrico.

Se o jornalismo de papel ou digital só pode ser já de investigação, ou capaz de desenvolver uma "agenda própria", a grande exclusiva é obtida, no entanto, por alguns hackers por suas habilidades tecnológicas. Com esse material, cinco grandes jornais - entre eles este - hão de realizar, é claro, um esmerado e prolixo trabalho de desobstrução e refinamento, mas o decisivo foi a capacidade de arrancar os segredos da rede.

O grande jornalista investigativo americano I. F. Stone - morto em 1989 - escreveu há quase meio século o comentário mais apto ao caos de reações interessadas nos vazamentos do Wikileaks: "Suprimir a verdade em nome da segurança nacional é a forma mais segura de solapar o que pretendemos que seja nosso objetivo". O ataque à falta de transparência do poder é o arremate de uma revolução.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves


11.11.10

Semana Científica de Comunicação

Postado por Comunicação Social |

Entre os 16 a 19 de novembro, o curso de Comunicação Social promove a Semana Científica de Comunicação, com a apresentação dos trabalhos desenvolvidos dentro do Projeto Integrado de Comunicação (Proinc), cujo tema deste semestre é “Comunicação e identidades”.

A escolha do tema teve como propósito fazer com que os alunos, a partir do conteúdo das disciplinas do curso, possam refletir sobre a construção da identidade cultural e da identidade dos diferentes grupos que formam a sociedade, mas que se diferenciam por suas demandas e necessidades, sua linguagem e pelas simbologias que os unem e ao mesmo tempo expressam suas particularidades. No campo mais específico da publicidade e propaganda, o tema pode tratar ainda dos mecanismos que identificam e diferenciam, de forma eficaz e duradoura, as marcas comerciais, no mesmo tempo que apelam à escolha do consumidor. A marca não é apenas um símbolo visual ou gráfico de denominação de origem, e sim todo um sistema que gira em redor do produto – é a sua identidade.

Abaixo, segue o cronograma de apresentação dos grupos por disciplinas:

DIA 16 DE NOVEMBRO – TERÇA-FEIRA

Sala 337
19h30 às 20h – Mídia
20h10 às 20h40 – Planejamento de comunicação
20h50 às 21h20 – Produção de rádio
Sala 338
19h30 às 20h – Gerência de serviço e atendimento
20h10 às 20h40 – Redação publicitária III
20h50 às 21h20 – Análise comportamental

DIA 17 DE NOVEMBRO – QUARTA-FEIRA
Sala 337
19h30 às 20h – Marketing II
20h10 às 20h40 – Direção de arte
20h50 às 21h20 – Pesquisa em comunicação e análise de mercado
Sala 338
19h30 às 20h – Teoria da Comunicação II
20h10 às 20h40 – Fotografia
20h50 às 21h20 – Produção de TV e Cinema I

DIA 18 DE NOVEMBRO – QUINTA-FEIRA
Sala 337
19h30 às 20h – Sociologia geral e da comunicação
20h10 às 20h40 – Introdução à Publicidade e Propaganda
20h50 às 21h20 – Métodos quantitativos
Sala 338
19h30 às 20h – História da arte II
20h10 às 20h40 – Língua portuguesa II
20h50 às 21h20 – Produção gráfica

DIA 19 DE NOVEMBRO – SEXTA-FEIRA
Sala 337
19h30 às 20h – Estética e cultura de massa
20h10 às 20h40 – Inglês instrumental
Sala 338
19h30 às 20h – Redação publicitária II
20h10 às 20h40 – Gestão de Negócio em Publicidade e Propaganda
20h50 às 21h20 – Redação publicitária I

Em breve informaremos a data de anúncio dos vencedores do Proinc 2010/2 e o sorteio do tema do próximo semestre

21.10.10

Calendário Comus 2010/2 - 2o bimestre

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PROINC - Projeto Integrado de Comunicação

04/10 – Lançamento
04 a 08/10 – 1ª orientação
18 a 19/10 – 2ª orientação
25 a 29/10 – 3ª orientação
08 a 12/11 – Pré-apresentação em sala de aula
16 a 19/11 – Semana Científica de Comunicação

TCC
20 a 24/09 – I Seminário de Qualificação
25 a 29/10 – II Seminário de Qualificação
29/11 a 09/12 – Período de Bancas Examinadoras

21.10.10

Classe C – a nova vedete do consumo on line.

Postado por Comunicação Social |

Novo xodó da economia brasileira, a agora respeitável e consumista classe C mereceu matéria de capa da última edição da revista Exame (edição de 20/10/2010). Com o título “A classe C cai na rede”, a revista escreve, na chamada de capa, que “com a mesma velocidade em que ascende, a nova classe média brasileira se digitaliza – um duplo fenômeno que está mudando a face do mercado de consumo no Brasil”.

O conteúdo da matéria traz a análise de uma pesquisa que aponta o aumento do acesso da classe C à Internet, o que a revista interpreta como um poderoso e transformador fenômeno: a progressiva digitalização do país. “Estima-se que nos últimos três anos, 45 milhões de pessoas da classe C tenham passado a acessar a rede, a maior migração já vista em direção a uma única mídia desde a chegada da televisão no país, nos anos 50.

O impacto desta migração sobre a economia e o consumo no país é notável. São 45% milhões de novos internautas, sendo que 68% deste total criaram o hábito de pesquisar preços de produtos e serviços na internet antes de efetuarem suas compras. E começam a se tornarem participantes ativos do e-commerce.

14.9.10

I Concurso de Criação Publicitária

Postado por Comunicação Social |

A Faculdade Novo Milênio promove o Concurso de Criação Publicitária (CCP), que é direcionado a todos os alunos, de todos os períodos, do curso de Comunicação Social da instituição.


Os ganhadores concorrerão a prêmios e promoções. O primeiro lugar terá sua criação executada e veículada na mídia local, como parte da campanha do processo seletivo da Faculdade Novo Milênio. A escolha das três melhores criações será feita por uma comissão julgadora formada por professores do curso de Comunicação Social, a Assessoria de Comunicação e a direção da faculdade. 3 é o número máximo de participantes por grupo.

Os alunos interessados já podem inscrever os seus trabalhos. A apresentação para a Comissão de Seleção será do dia 20 a 22 de setembro. A apresentação para o cliente final será no dia 23 de setembro.

A criação deverá ser desenvolvida e elaborada para as seguintes mídias:

• Anúncio jornal – boneca gráfica e/ou layout;
• VT 30” – storyboard e roteiro;
• Spot rádio 30” – roteiro de áudio.

Leia o regulamento e faça sua inscrição no site http://www.novomilenio.br/

14.9.10

Calendário Comus 2010/2

Postado por Comunicação Social |

Projeto Integrado de Comunicação - PROINC
04/10 – Lançamento
04 a 08/10 – 1ª orientação
18 a 19/10 – 2ª orientação
25 a 29/10 – 3ª orientação
08 a 12/11 – Pré-apresentação em sala de aula
16 a 19/11 – Semana Científica de Comunicação
22 a 26 – Semana de auto-avaliação

Projetos Experimentais II - TCC
20 a 24/09 – I Seminário de Qualificação
25 a 29/10 – II Seminário de Qualificação
29/11 a 09/12 – Período de Bancas Examinadoras

VIAGEM PEDAGÓGICA
9 a 12 de outubro – São Paulo Cultural

13.8.10

Consumidores do Brasil, uni-vos!

Postado por Comunicação Social |

Ontem postei algumas mensagens no Twitter e no Facebook com relato de uma experiência muito desagradável que tenho vivido e que me parece ter se tornada corriqueira para muitos de nós, consumidores brasileiros. Titulei a mensagem “indignação” e nela relatei minha via crucis atrás de uma solução para de problema no meu recém comprado notebook, da marca cuja letra inicial é P, mas podia muito bem ser N, de negativo. Mal passada duas semanas após a compra, não é que a “peça” apagou! Com o dito cujo ainda na garantia, procurei a autorizada da marca P na Grande Vitória para verificação e solução da questão.     

Após três semanas, o meu aparelho ainda não tinha sido examinado pela autorizada, pois segundo eles, haviam muitos outros na fila – não sei se todos da marca P – aguardando exame.

Na quarta semana veio o diagnóstico – problema de origem (“na fábrica”) da placa mãe, danificada. Mas o pior foi o prognóstico: “estamos aguardando a peça vir do fabricante”. E estou eu até hoje, mais de um mês depois, ainda aguardando.

Consumidores...

Quer dizer, comprei, paguei e mal usei. E comprei para trabalhar melhor com os recursos e facilidades que se espera de um notebook 4 Gs. Mas o trabalho que realmente vou ter é de entrar na fila do Procon, passar por toda burocracia a que está submetido todo consumidor lesado e inconformado para ter respeitado os meus direitos e cobrado os supostos deveres de empresas e prestadoras de serviço que não estão nem aí para nós consumidores. A não ser na propaganda, quando somos os mais importantes, os mais desejados, os mais queridos para o mercado de bens de consumo e de serviços. Como dizem por aí: “é puro marketing”!

...uni-vos...

Por que dessa minha queixa? Não só para expor minha indignação, mas principalmente por pensar que já está mais do que na hora de usarmos a força das redes sociais para pressionar empresas, prestadoras de serviços, governo e seus órgãos fiscalizadores, mas, sobretudo o Poder Judiciário a ter mais consideração e atenção conosco. Não é possível uma juíza insinuar a um consumidor mal atendido que seu processo visa apenas ganhar dinheiro em cima das “pobres” empresas apelando para o “dano moral”, como se não houvesse de fato dano quando aquilo que você contratou não foi cumprido. Esse caso aconteceu com meu irmão numa pendenga com a Vivo, empresa de telefonia móvel, setor campeão de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. As empresas deste setor de uma maneira geral tem sido recorrentes no desrespeito ao consumidor que no ano passado o governo ameaçou com multa milionária aquelas que tinham recebido números astronômicos de reclamação. O problema foi que ficou só na ameaça. Por que o governo voltou atrás? Por que tantas queixas vão dar na Justiça e as penas e indenizações são tão suaves que mal são sentidas pelas (mal)tratantes empresas? Por que não se criam leis mais severas contra esse desrespeito generalizado com o consumidor no Brasil?

Por que nós, consumidores, não criamos um movimento contra este estado de coisas?

...Em rede

Faço a provocação porque cerca de duas horas após postar minhas mensagens indignadas nas redes sociais, me ligaram da autorizada informando que a peça estava em teste e deveria estar pronta no dia seguinte. Será que foi por causa do Twitter e do Facebook que eles resolveram resolver o problema? Quero crer que sim, apesar não poder ter certeza. Mas não há dúvida que estes ambientes coletivos na Internet assustam os donos das marcas. Então, por que não usá-las para pressionar as empresas, prestadoras de serviço, os órgãos responsáveis por garantir idoneidade nas relações de consumo e a Justiça brasileira a melhor servir e respeitar o consumidor brasileiro, infelizmente o lado mais fraco desta relação? Afinal, se atrasarmos um único dia nossas prestações, temos que pagar multa que é cobrada na boca do caixa do banco. Mas se uma empresa vende um produto com defeito ou presta um mau serviço, o único caminho que temos é enfrentar a via crucis da burocracia da defesa do consumidor. Em outros países, os danos causados aos consumidores são severamente punidos, com altas indenizações pagas por empresas e prestadoras por suas falhas. Aqui, ao contrário, como não há punição de fato, as empresas pouco se importam em serem processadas, conseqüentemente, pouco se importam com o consumidor após a venda ter sido efetivada.

A solução é botar a boca no trombone das redes sociais e fazer pressão para que governo, empresas, poderes legislativo e judiciário tenham um pouco mais de sensibilidade conosco, pobres consumidores brasileiros!

Amanhã vou buscar o notebook. Espero que enfim, funcione, senão ainda terei que ir à luta e enfrentarei toda a burocracia que a somos submetidos para ver nossos direitos de consumidor atendidos.

Ufa!

Manuela Santos Neves





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